Posted by : Thiago V. M. Guimarães quinta-feira, 25 de julho de 2013

Sempre vejo em comentários no facebook uma coisa que me irrita um pouco, o famoso “é só uma teoria”. O assunto é de fato de uma complexidade extrema, pois aqui não existem precisões de definições e escrever um texto sem abordar diretamente aspectos históricos e epistemológicos de grande profundidade, se torna um desafio impar. Vamos tentar, mas antes me deixe tentar te situar um pouco.

O que me aflige é que em textos, comentários de facebook, blogs, vlogs e na TV, é corriqueiro encontrar alguém que diga “é apenas uma teoria” se referindo à Teoria da Relatividade, à Mecânica Quântica, à Teoria da Evolução, à Teoria de Big Bang entre muitas outras. Para alguém envolvido de certa forma com a ciência isso é quase um soco no estomago, mas para o resto da sociedade é difícil de fato distinguir uma “teoria científica” e de uma “idéia pessoal”, pois essa visão de “teoria” ser uma idéia sem muito fundamento, baseado no que uma pessoa acha, é a forma mais usada para a palavra.

Mas afinal essas teorias são “apenas teorias”? O que de fato é uma “teoria”? O lado pessoal tem muita ou pouca influência nessas teorias?

Vamos começar esse texto tratando de alguns aspectos sobre o que é “ciência” e como ela é feita (você já se perguntou sobre isso?), mas isso é algo complexo que me renderia não um texto, mas sim livros e mais livros. Por esse motivo vou dar uma definição funcional e concisa (um pouco cartesiana), mas deixarei no final do texto links para livros que vocês deveriam ler para de fato entender o assunto – Não se limite a esse pequeno texto!


Para nosso propósito, compreendemos Ciência como uma ferramenta a qual agregamos conhecimento sobre a sociedade, seres vivos, átomos, planetas e tudo mais que está contido no universo a nossa volta. A partir do conhecimento científico podemos explicar desde fenômenos corriqueiros como a chuva, eventos cosmológicos como buracos negros ou microscópios como elétrons saltando de suas órbitas. Podemos também entender nossa sociedade, como ela funciona, se relaciona, se desenvolve. Descrever o desenvolvimento da vida, a interação entre os seres vivos, a evolução e muito mais.

De forma geral, a construção desse conhecimento segue regras comuns, as quais constituem o método científico¹. Para uma informação ser aceita pela ciência, ela deve passar pelos seguintes processos:
Primeiro se observa o fenômeno em questão que se quer estudar, a observação pode ser direta ou não. Na observação podemos utilizar microscópios, telescópios, olho nu e etc. Após isto, formulamos uma pergunta sobre o que observamos para poder estreitar nosso foco da investigação e especificar o problema.

Então damos mais um passo, que é a formulação de uma hipótese, ou seja, propor uma explicação lógica em forma de hipótese que descreva o fenômeno observado e preveja novos fenômenos.

Depois, realizamos experiências controladas para testar nossa hipótese e então recolhemos e analisamos os dados, se eles condizem com o esperado temos a comprovação da nossa hipótese, caso contrário, temos que reformulá-la. Porém, ainda não podemos dizer que isso é ciência, ainda nos falta dois aspectos importantíssimos e que jamais podemos deixar de lado, são eles: a causalidade e a falseabilidade.
Apesar dos nomes um tanto complexos elas são relativamente simples de se compreender, a primeira nos diz a relação entre causa e efeito², ou seja, como um fenômeno primário acarretaria um fenômeno secundário. A segunda nos diz algo interessantíssimo: toda hipótese precisa ser testada, garantindo a sua verificação como verdadeira ou falsa, podendo assim ser contestada.

Com isso tudo temos uma teoria recém nascida que irá acumular, ao longo do tempo, evidências diretas e indiretas que consolidam. Mas mesmo depois desse longo caminho ainda não temos uma verdade absoluta e nem nunca teremos, o que teremos é apenas uma modelo que descreve aproximadamente bem o observado, tal modelo pode no futuro ser substituído por um modelo melhor que abranja mais fenômenos e os explique com maior precisão.

Resumindo, para termos uma teoria científica precisamos ter um modelo consistente com a realidade, que explique fenômenos observados, que preveja corretamente outros fenômenos, que tenha provas diretas e indiretas, que possa ser verificado por qualquer cientista.

Na visão leiga, uma “teoria” é nada mais do que uma dedução, nem sempre lógica, a partir de fatos observados. Agora compare as duas, a “teoria” na visão de um leigo e a “teoria” na visão da ciência. Qual delas é de fato mais sólida? Uma “teoria científica” é apenas uma “teoria”?  

Outras Teorias e Alguns Problemas 

Acima eu fui um tanto cartesiano (detesto usar esse termo, pois é um dos xingamentos pseudointelectuais da moda universitária tupiniquim, principalmente em cursos como psicologia… hahahaa) e por esse motivo aqui vou tentar tratar de uma forma um pouco diferente.

Primeiramente, nem toda teoria científica vem daquela forma. Por exemplo, eu trabalho com Teoria Quântica de Campos (TQC), ela nasceu basicamente da união de duas teorias altamente consolidadas, a Mecânica Quântica e a Teoria da Relatividade Restrita. Partindo de elementos provenientes dessas duas teorias, estrutura-se novos modelos científicos, que nos levam a criação de uma nova teoria, mais abrangente que funciona como um Framework de teorias, é basicamente uma grande teoria em que outras teorias são criadas. Como filhos da TQC, temos a Eletrodinâmica Quântica, que é uma das teorias mais precisas e sólidas que temos hoje, e a Teoria de Cordas que está em fase de comprovação.


Se a Teoria de Cordas ainda não foi comprovada, porque ela recebe o nome de teoria? Por um motivo simples, ela tem seu berço bem consolidado, é um produto de uma grande “teoria” e por isso ela acaba herdando o título. Mas existem outras teorias que saem desse berço esplendido que não são boas, ou foram descartadas por não condizerem com a realidade. Então existe uma plasticidade da palavra “teoria”. Mas o que tem que se ter em mente é que uma “teoria científica” tem uma base sólida e não é uma idéia maluca inconsistente, feita por um velho descabelado e solitário em uma sala empoeirada.

Mas dando um pouco de advogado do diabo; essas nossas teorias consolidadas são infalíveis e imutáveis?
Nossas teorias são os melhores modelos que temos até o momento para descrever fenômenos da natureza, algumas teorias são ótimas, outras nem tanto. Por esse motivo nossas teorias vão sempre falhar em alguns momentos e é a partir dessas falhas que ela evolui. Sem esses erros/falhas a ciência seria um conhecimento estático e sem graça.

Você que é uma pessoa esperta vai dizer: se é assim tão simples, por que não vemos teorias evoluindo com tanta facilidade ou mesmo sendo abandonadas?

Essa pergunta toca no cerne da teoria científica, em uma coisa que chamamos de Paradigma. O paradigma é como a viga mestra da teoria. Quando encontramos observações e dados experimentais que não condizem com nossas teorias, a primeira coisa que fazemos não é abandonar a nossa teoria, mas sim criar forma de a teoria se encaixar naqueles dados/observação, é como se fizéssemos um remendo na teoria e botássemos ela de volta na estrada. Com o tempo vamos percebendo se o nosso remendo foi uma melhoria ou se foi uma tentativa inútil de melhorar uma teoria que não condiz muito com a realidade. Quando a teoria é ruim, com o tempo surgem tantos remendos (explicações adhocs) que a teoria rui e temos que formular uma nova, a esse ponto damos o nome de “quebra de paradigma”, ou seja, nossa teoria que servia de sustentáculo para o nosso conhecimento naquela área ruiu e temos que formular uma nova. É mais ou menos assim que a ciência normal funciona.

Resumindo: Nossas teorias têm bases sólidas, entretanto, a ciência é fruto do conhecimento humano, e como tal, não apresenta verdades absolutas, dogmas (caso contrário, deixa de ser ciência), de forma que evolui. Logo, esse conhecimento é de extrema importância e nos permite aprofundar constantemente nossa interpretação da realidade.

Vou parar por aqui, pois acho que com essa introdução vocês já podem ter uma pequena idéia sobre o assunto e quem sabe se sintam motivados(as) a ler os livros abaixo. Caso você seja epistemólogo da ciência, adoraria que nos ajudasse postando nos comentários pontos pertinentes sobre o assunto que eu não abordar no texto.  


Lista de livros que acho de suma importância sobre o assunto:

- O que é Ciência - Chalmers 
A estrutura das revoluções científicas - Kuhn
A lógica da pesquisa científica - Popper
Mathematics, Science and Epistemology: Philosophical Papers Volume 2 - Lakatos
- Contra o método - Feyerabend.
Explaining Science; A cognitive Approach - Ronald Giere



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1 – Existe sim na ciência conhecimento que foi adquirido sem seguir o método científico a risca, mas que com o tempo esse conhecimento foi aos poucos passando por constantes análises, confirmações e interpretações. O Método Científico também está longe de ser infalível e para tratar esse assunto recomendo a leitura de Contra o Método – PaulFeyerabend (mas não leia esse livro sem antes ter lido os livros da lista que deixei no final desse texto).

2 – Existe na Mecânica Quântica algumas quebras de causalidade, por isso o método científico não deve ser tido como absoluto nem infalível, embora ele seja uma maneira de sermos menos parciais na busca por conhecimento.

{ 23 comentários ... Abandone toda a esperança aquele que aqui entrar }

  1. Achei o texto desnecessário aos que são iniciados em Ciências, e superficial e pouco elucidativo aos que não são.
    Para os leigos (principalmente os "exotéricos" e "espiritualistas"), qualquer ideia bizarra pode ser chamada de teoria. Eles têm a "teoria das vidas passadas", "teoria dos encontros alienígenas", "teoria do tratamento espiritual", etc. E acham que tudo isso é ciência!!!
    Eu sei que se o texto fosse mais aprofundado, seria impossível faze-los ler ou compreender. Mas, sendo superficial, os leigos vão continuar achando que suas "teorias", fazem jus às exigências científicas.
    Então, qual seria a solução?
    Não faço a menor ideia.
    Boa sorte!

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    1. Sim, os textos desse blog sempre serão desnecessários ao que já fazem ciência, embora não haja reflexão do que se faça nos cursos de graduação (se você faz graduação talvez tenha percebido isso). Superficial é IMPOSSIVEL não ser se tratando de um texto (e não um livro) de epistemologia da ciência. A idéia mesmo, como eu disse no final, é apenas um incentivo a leitura dos livros que estão indicados, os quais, se você ler, também não serão elucidativos, afinal, esse assunto é filosófico!

      Em relação aos exotéricos não há nada que se possa fazer, eles tem as "verdades" deles e fazem de tudo para defendê-las.

      Como você disse ao final que não faz idéia da solução, você está absolutamente correto, pois na verdade não existe. Não existe definição precisa de ciência, pegue quantos livros de epistemologia você quiser. A melhor explicação para o que é ciência que já encontrei, dizia apenas: "não pergunte ao um cientista o que é ciência, pergunte o que ele faz e você poderá ter apenas uma idéia". Então o que nos resta não é informar, não é ser elucidativo, mas sim dar bases para que haja discussão sobre o assunto. No dia que você encontrar um texto exato sobre epistemologia ele estará, quase com certeza, errado!

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    2. Ah, que bom seria se o texto fosse de fato desnecessário para os que fazem Ciência, mas infelizmente, mesmo na universidade, muitos têm poucas noções acerca de elementos da Natureza da Ciência, ou mesmo da epistemologia.

      Quanto a ser pouco elucidativo, é uma introdução. Não se deve esperar que qualquer leigo entenda um assunto complexo e profundo como esse lendo blogs. Nesse caso, o papel do texto é bem mais instigar o leitor a se informar melhor do que oferecer um curso de epistemologia em poucas linhas.

      E se pensarmos assim, não adianta a escrever nada para os leigos, pois independente da forma que se escreva, cada pessoa sempre interpretará de acordo com sua ideologia, e suas noções (sejam elas prévias ou alternativas).

      Então, o texto cumpre seu papel, apresentando pontos gerais e instigando quem quer compreender melhor, a construir seu próprio conhecimento. A demais, não se tem muito mais o que fazer, pois cada um aprende por si!

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    3. "Achei o texto desnecessário aos que são iniciados em Ciências, e superficial e pouco elucidativo aos que não são."

      Achei seu comentário desnecessário e que não agrega em nada a discussão sobre o assunto. Além disso como já foi dito no primeiro post desse blog "O blog Physics ACT vai ser excluído e o seu conteúdo será dividido entre dois blogs. A parte do conteúdo voltada mais para opiniões pessoais, textos reflexivos sobre ciência e educação, bem como textos de divulgação científica virão para cá, já textos mais técnicos irão para o Relative Thinking."

      Ou seja, esse blog é para leigos e pessoas do início da graduação, textos técnicos serão postados no outro blog.

      Além disso ou você não sabe o que significa a palavra elucidativo ou desconhece totalmente a área de epistemologia e filosofia da ciência, então recomendo fortemente que você busque estudar essas áreas, principalmente se for de alguma área da ciência. Pois essas discussões não vão chegar a nenhuma resposta exata, não é como calcular uma soma e encontrar um número. Essas áreas não são diretas e nem serão, elas estão envolvidas em vários debates com diversas opiniões. Pois trata do momento que se discute tal assunto, a cultura que discute aquele assunto, a visão pessoal de cada pessoa. Então, não ache que um texto pequeno vai explicar o que é ou não é uma teoria. Isso é até uma afronta a epistemologia, deve-se ter em mente que um texto como esse serve para dar o primeiro passo de uma pessoa acerca deste assunto, o resto depende da pessoa buscar mais fontes e ainda se a pessoa quiser se aprofundar mais terá que fazer sua carreira em cima desse assunto.


      "Para os leigos (principalmente os "exotéricos" e "espiritualistas"), qualquer ideia bizarra pode ser chamada de teoria. Eles têm a "teoria das vidas passadas", "teoria dos encontros alienígenas", "teoria do tratamento espiritual", etc. E acham que tudo isso é ciência!!!"

      Por isso é de suma importância a divulgação científica ou você acha que do dia para noite as pessoas vão descobrir sozinhas o que é ciência, sendo que ninguém tem uma resposta exata sobre o que é ciência? Eu sei que é difícil para um bacharel imaginar qual é a importância de trabalhos como esse, mas se você tiver força de vontade e pesquisar vários estudos sobre analfabetismo científico, divulgação científica, epistemologia/história da ciência/filosofia da ciência e qual sua importância social verá que esses trabalhos são muito importantes e que não são feitos de um dia para noite, mas sim um longo caminho. Além disso um texto como esse é uma gota d'água no oceno, mas se todos fizessem sua parte o mundo não seria melhor? Por incrível que pareça o trabalho que o Thiago, eu e mais alguns amigos fazemos já ajudou muitas pessoas. Vamos conseguir ajudar o Brasil ou o mundo? Não, mas pelo menos já estamos fazendo diferente da maioria que não escreve uma linha sequer se importando com o que acontece na sociedade.


      "Eu sei que se o texto fosse mais aprofundado, seria impossível faze-los ler ou compreender. Mas, sendo superficial, os leigos vão continuar achando que suas "teorias", fazem jus às exigências científicas."

      Por isso que esse texto só foi uma introdução e ficou bem clara essa intenção no texto, tanto que o texto indica para as pessoas lerem as referências/indicações. Mas fiquei curiosa, você acha que com um texto pequeno as pessoas vão entender completamente o que é uma teoria? Ou até mesmo vão deixar de acreditar em pseudociências? Não sei se é ingenuidade ou falta de reflexão, mas seu pensamento tem muitos erros. Ninguém aprende com um texto apenas algo que é tão complexo.

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    4. As questões espirituias fazem parte da Filosofia e também da Ciência, pois tudo pode ser investigado por ela, ainda que instrumentos mais sofisticados sejam necessários, pois nossa tecnologia a despeito de muitos avanços,ainda tem muito a avançar. Nada pode ser negado sem um estudo aprofundado, o ceticismo puro e simples,sem nenhuma análise,é uma estupidez cômoda. Ciência não é algo burocrático para ser feita sempre sem pesquisas de campo no confoto dos gabinetes, ou laboratórios.

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    5. Senhor anonimo, por favor releia a parte sobre falseabilidade, é justamente ali que mostra que não é tudo que pode ser investigado pela ciência!

      "Ciência não é algo burocrático para ser feita sempre sem pesquisas de campo no confoto dos gabinetes, ou laboratórios."

      Seria bom se você estivesse certo.

      Você leu o texto?

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    6. Anônimo, além de você não ter conhecimento NENHUM do que é ciência e filosofia não tem a menor ideia de como ambas são feitas. A espiritualidade NADA tem a ver com a ciência, nada impede você acreditar em coisas espirituais. MAS no quesito ciência, a espiritalidade não se encaixa no escopo dela e nem no método científico. Então pare de querer juntar duas coisas extremamente antagônicas que isso só prejudica a sociedade, a ciência, o progresso e até mesmo a visão que as pessoas tem do que é espiritual.

      Agora, dizer que o ceticismo é algo estúpido além de ser ofensivo só mostra uma grande ignorância sobre a ciência.

      "Ciência não é algo burocrático para ser feita sempre sem pesquisas de campo no confoto dos gabinetes, ou laboratórios."

      E esse aqui é o maior exemplo da falta de estudo, conhecimento e reflexão de como a ciência é feita e o que ela é.

      Leia esse texto muitas vezes e as fontes também, esqueça essa junção new-age aprendida na internet e em encontros religiosos. =)

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    7. Que machadada!!!

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    8. Qualquer manifestação investigada cientificamente é ciência. Comprovação ou não são de limitações de ferramentas ou da hipótese nunca da manifestação ,ja que manifesta, de alguna forma existente existente.

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    9. 'hipótese" não seria um termo cabível no infernal espectro da investigação científica

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    10. Amo quase tudo isto, menos afetamentos outrens. Seria muito melhor, para mim pelo menos, encontrar no Facebook estes generosos e geniais compartilhamentos.
      Caso queiram acessar minha comunicação pelo Facebook, pesquisem lá ' Samuel Silva, polivalente " ( dêm o espaço depois da vírgula antes de 'polivalente " - onde estudei ), visualizarão atrás da foto um colorido emblema com a palavra 'TOTAL", moro em Campinas e trabalho em Americana.
      Leio muito sobre física, principalmente e pretendo fazer ligação com teologia bíblica, nisso quero conectar minhas convicçõese hipóteses e comunicar-me com o conhecimento da física e da filosofia.

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  2. Pura teoria tudo que você disse...
    Brincadeira rs... sou somente um leigo quanto às ciências de qualquer área mas realmente gostei e concordo contigo... eu não me ponho a especular e dizer o que é certo ou não ainda mais quando em questões onde existem pessoas especializadas em um determinado ponto do que for... e todos deveriam agir assim... melhor sorte e respeito, à ciência e aos cientistas hoje e sempre.

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  3. Parafraseando "As Branquelas"... Não é só uma teoria, é uma Prada.

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  4. Avalio o texto como interessante para as pessoas que não estão tão próximas às ciências exatas mas tenham certa proximidade seja no meio acadêmico ou profissional. Para leigos creio que o texto seja bastante esclarecedor. Senti falta de uma dissertação sobre a refutabilidade na ciência, o que dá a liberdade às teorias de serem modificadas.

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    1. Obrigado pela opinião. Eu tento aqui nesse blog nunca ultrapassar 3 folhas de word com margem convencional, pois o blog é com foco em leigos e a maioria tem péssimos hábitos de leitura, por isso não deu para abordar tudo o que eu quis. Mas é interessante o assunto que você destacou, vou pensar em alguma coisa sobre isso para um próximo texto.

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  5. Estou no quarto ano da graduação em licenciatura e digo que estes textos e reflexões fazem falta sim. Desenvolvi o interesse nessa área muito mais por leituras à parte do que pelas aulas em si. Um livro que indicaria para leigos e não leigos (mas não como material de pesquisa) é o romance autobiográfico ZEN E A ARTE. DA MANUTENÇÃO. DE MOTOCICLETAS. (Uma investigação sobre valores). Robert M. Pirsig. Onde o personagem principal faz uma investigação do método e da ciência, enquanto sua estabilidade psicológica é deturpada. É baseado na vida autor que é escritor e filósofo e também engenheiro químico. É um material que por ser um ROMANCE acaba despertando algumas curiosidades, pois faz referência a muitas teorias e autores. Cabe ao leitor confirmar a veracidade. Ao ler no primeiro ano de faculdade , gostei muito e ao reler, estou tomando notas para fazer pesquisas. Quanto ao Blog ele está sensacional, show de bola!

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    1. Felipe, agradeço muito pelo comentário e pela indicação do livro. É muito interessante que tenha de fato livros que não são de ciência que incentivem a pesquisa, a reflexão e o debate desses assuntos.

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  6. Sendo eu talvez a mais leiga na área de ciências, embora sempre tenha tido curiosidade por ela, e, concordando plenamente que o maior equívoco e limitação das pessoas hoje em dia é o péssimo ou nenhum hábito de leitura que têm, pode-se concluir que essa limitação gera "leitores" deficientes em interpretação. Não lêem e quando o fazem, a discussão sobre o tema abordado é desastrosa, e/ou constrangedora. Pior, é carregada de soberba.
    O fato é que o texto NÃO É "Só" Uma Teoria! está bem escrito e instiga sim aos leigos, aos iniciantes nas ciências e, por que não, aos "exotéricos" e "espiritualistas" a se inteirar um pouco no assunto. Isso seria um descrédito? Não AO MEU VER, muito pelo contrário! como foi dito: "esse conhecimento é de extrema importância e nos permite aprofundar constantemente nossa interpretação da realidade."
    Gostaria de parabenizar o autor e a equipe, que insistam sempre em incentivar e difundir a ciência.

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  7. faço graduação em historia, mas tenho forte apego pela ciência, principalmente astronomia(pois sou astrônomo amador). o texto esta excelente e de acordo com que se possa passar para pessoas leigas, parabéns pelo blog.

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  8. Olá, eu gosto muito de ciência e ainda mais de filosofia da ciência, conheço um pouco de ambas e geralmente sou conhecido por ser aquele advogado do diabo do qual você comentou. Mas isso só acontece porque gosto do assunto.
    Primeiramente gostaria de parabeniza-lo pela iniciativa de tentar incentivar os leigos a buscarem saber um pouco mais sobre o que é ciência, a filosofia da ciência, as teorias de demarcação etc.
    Ultimamente o que me deixa mais preocupado é o modo como o conhecimento científico é visto como "inquestionável" pelo público leigo. Por causa disso passo boa parte do meu tempo tentando elucidar as pessoas sobre o que é a ciência, seus pressupostos, suas limitações etc. Para que elas entendam os limites desse conhecimento e sobre as crenças que esse conhecimento carrega, se visto como uma realidade última. Dessa forma, minha sugestão para o blog é que atire uma flecha justamente nesse calcanhar: mostre os pressupostos e crenças científicas, as convenções filosóficas que fazemos ao entender a ciência como "explicando" a realidade como, por exemplo, o realismo ingênuo do conhecimento científico. Também sugiro ao autor expor que a própria ideia de "conhecimento científico" é baseada em uma crença em um mundo fenomênico compartilhado (o qual atingimos de forma transcendental e inexplicável), havendo outras alternativas filosóficas, como, por exemplo, o idealismo.
    Enfim, são apenas sugestões e uma congratulação. :)

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    1. Sou o cara que comentou logo acima. Não consegui colocar meu perfil no meu comentário acima, então mando o do facebook aqui
      http://www.facebook.com/gufiguer

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    2. Você tem razão Gustavo. Eu tenho medo de ao defender a ciência acabar por passar ideais cientificistas. Eu me considero incapaz de fazer um texto para leigos abordando esse assunto, pois ele é muito delicado e uma virgula fora do lugar pode surtir um efeito totalmente negativo. Vou conversar com um amigo meu que trabalha com epistemologia da ciência, para saber se ele topa escrever algo sobre, pois acho de fato muito importante.

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    3. Aqui é o Gustavo denovo.
      Desculpe não ter escrito seu nome, Thiago.
      Obrigado pela resposta e pela iniciativa de procurar seu amigo! Gosto muito do tema e com certeza vou gostar do que ele escrever!
      Até mais.

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